O que é um projeto luminotécnico?
Você sabe o que é um projeto luminotécnico e a sua função? Nesse artigo, vamos mostrar os tipos de iluminação, bem como dar dicas de como fazer um projeto luminotécnico e escolher a lâmpada correta. Então, vamos lá pessoal!
O que é um projeto luminotécnico?
Um projeto luminotécnico eficiente é aquele no qual alia-se luz natural e artificial de forma que se tenha o melhor conforto, funcionalidade e economia. Para isso é necessário pensar o espaço como um todo, ou seja, em todas as funções que serão executadas nele.
Pensar na iluminação antecipadamente permite que se economize, e um bom projeto luminotécnico agrega valor à edificação.
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Um projeto luminotécnico costuma ser dividido em sistema principal ou geral, e sistema secundário. O principal costuma ser mais geral e atende as necessidades funcionais do ambiente, enquanto o secundário é responsável pela ambientação que se deseja dar ao local.
Um projeto luminotécnico é feito através da associação de diversos tipos de iluminação que podem ser utilizadas para dar os efeitos desejados ao ambiente. Dessa forma, é possível criar cenas e fazer com que um único ambiente seja adequado a diversas tarefas, mesmo que elas exijam iluminações muito diferentes.
Tipos de iluminação
Existem diversos tipos de iluminação e entendê-las é um fator muito importante na hora de realizar um projeto luminotécnico!
Iluminação difusa
A iluminação difusa é a forma de iluminação mais tradicional, normalmente responsável pela iluminação geral. Deve-se atender um nível mínimo de iluminância (lux), fixada pela norma NBR 5413.
Ela é caracterizada por lâmpadas no teto, que podem estar centralizadas ou distribuídas uniformemente. A iluminação difusa ilumina o espaço de maneira uniforme e não produz contrastes, o que faz com que seja uma luz confortável.
Além disso, ela atende às necessidades gerais do ambiente, mas deixa a desejar nas específicas que requerem maior iluminância.
Iluminação direta
É a forma de chamar a atenção diretamente para um objeto ou superfície. Pode ser feita com o suporte de uma luminária ou abajur, ou com a própria lâmpada, quando essa possui um feixe direcionado.
A iluminação direta pode ser usada em diversas situações. Confira abaixo algumas aplicações!
- Iluminação de tarefa – Quando o foco da iluminação direta é um plano de trabalho. Como a iluminância de um local de trabalho deve ser maior (500 lux) do que a geral (150 lux), é uma forma de economia e de fazer com que a iluminação geral não seja cansativa.
- Luz de destaque – A luz de destaque é utilizada para chamar a atenção para determinados objetos, normalmente com uma iluminação de 3 a 10 vezes maior do que a geral. Em residências é usada para dar enfoque em plantas, quadros e paredes. Seu uso é difundido em projetos comerciais, para chamar a atenção para gôndolas, araras e vitrines.
- Luz de efeito – A luz de efeito é uma iluminação muito específica, utilizada quando se deseja criar efeitos de luz e sombra. Neste tipo de uso, ao contrário da luz de destaque, o elemento principal é a própria luz.
Iluminação indireta
É quando o fluxo luminoso rebate em uma superfície com alta refletância, antes de se espalhar pelo ambiente. Também chamada de luz arquitetônica, quando a superfície refletora está integrada no projeto arquitetônico como sancas de gesso, rasgos e corrimões, escadas, espelhos e fachadas
Esse tipo de iluminação permite que a luz seja uniformemente distribuída pela superfície e não produz ofuscamento, produzindo um efeito mais intimista. Na imagem abaixo, é possível ver exemplos das iluminações difusa, direta e indireta.
Iluminação decorativa
A iluminação decorativa é uma estratégia do projeto de interior na qual o mais importante não é o efeito da luz, mas o objeto decorativo que produz a luz. Esse efeito é atingido pelo uso de lustres e arandelas, normalmente em ambientes com o pé direito maior.
Para ajudar na elaboração de um projeto luminotécnico de sucesso, separamos algumas dicas essenciais abaixo:
- Entender o projeto arquitetônico e os usos que aquele ambiente vai ter
- Pensar os tipos de iluminação que são desejáveis em cada local
- Escolher luminárias e lâmpadas corretas
- Analisar se a luz está uniformemente distribuída e não gera ofuscamento
Especificações das lâmpadas e luminárias
Para escolher adequadamente as luminárias e lâmpadas do seu projeto luminotécnico, é essencial estar atento às especificações de cada uma.
Potência elétrica
A potência elétrica, medida em watts (W), refere-se ao consumo de energia da lâmpada. Mas, muitas vezes é confundida com a iluminância ou emissão de luz.
O consumo de energia da lâmpada é uma característica essencial para que o projeto luminotécnico traga economia para a sua construção.
O melhor custo-benefício, também chamado de eficiência luminosa, é obtido pela relação entre a maior iluminância (lux) e o menor consumo de energia (watts).
Para que o sistema de iluminação seja eficiente deve-se pensar também na luminária. Quando essa diminui consideravelmente o fluxo luminoso emitido, como o consumo de energia vai ser o mesmo, a eficiência luminosa do sistema é prejudicada.
Reprodução de cor (IRC)
A reprodução de cor de uma lâmpada é medida através do Índice de Reprodução de Cores (IRC), que é o valor que mostra o quanto uma determinada luz permite visualizar as cores com precisão.
O índice considera a luz do sol como referência de qualidade em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 a nota máxima de qualidade na reprodução das cores.
É desejável que se tenha o IRC entre 85 e 100, mas esse valor pode ser menor quando a sua finalidade for para iluminação de ruas e jardins.
Temperatura de cor
As lâmpadas possuem uma temperatura de cor, que é a característica que faz com que elas provoquem uma sensação visual de quente, neutra ou fria.
A luz amarela ou “quente” possui temperatura de cor de aproximadamente 2700 K, e a branca ou “fria” de aproximadamente 6500 K.
Essa característica interfere na ambientação e no estímulo das atividades. Para atividades laborativas como cozinhas e escritórios é recomendada a luz branca.
Enquanto a luz amarelada, também chamada de “quente” é relacionada com o aconchego e recomendada para de locais de descanso e relaxamento.
Vale a pena salientar que a temperatura de cor muitas vezes não está associada a outras propriedades das lâmpadas, como o índice de reprodução de cor (IRC).
Para entender mais do projeto elétrico e da potência de iluminação por cômodo em um projeto luminotécnico residencial, assista o vídeo abaixo!
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